Não me interessa quem eu sou. Ainda insisto no velho erro de tentar me definir. Logo eu, falando sobre mim, que incoerência.
Eu sou aquele velho retrato, preto-e-branco, em alguma prateleira na casa da sua avó. Sou aquele antigo disco de vinil, esquecido na caixa de algum guarda-roupa. Ou apenas mais um blog, chato e maçante, em meio a tantos vídeos e músicas que rolam na internet.
Não perca seu tempo querendo me entender. Já basta o tempo que eu perdi. Eu não quero ser, quero apenas estar. Não tenho rótulos, sou uma garrafa vazia, me encho com o que você me dá.
Fique a vontade para me rotular, sou exatamente aquilo que você acha que eu sou. Olhe atentamente nos meus olhos. Olhe, julgue, rotule. E verá você. Porque eu, eu não sou ninguém. Eu sou apenas o seu espelho.