terça-feira, 25 de outubro de 2022

À Tout le Monde

 Aos poucos, vou morrendo por dentro. Cada dia é menos um dia, numa conta cujo cronômetro cego nos dá uma falta de ar e um desespero iminente. Essa sensação de impotência perante uma sociedade e uma estrutura que só serve para nos explorar e nos humilhar exige uma resiliência que excede minhas capacidades.

Nada resta, senão se entregar ao doce beijo etílico da cevada, e ao sono que nunca restaura nem descansa. Cada dia durmo mais, cada dia mais cansado, mais olheiras. Até quando?

Desabafo, aqui, em silêncio. Porque as redes sociais são barulhentas até demais. Este canto é como um chalé com sua lareira, em um lago na Patagônia. Aconchegante e silencioso. Solitário e primitivo. Calor em meio ao frio. Uma pena que só venha para cá em dias como estes.

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