quinta-feira, 14 de abril de 2011

Parem o ano que eu quero descer


“Esse ano está passando rápido”. Eis aí uma frase bem comum, que quase todos nós compartilhamos, em algum momento da vida. Principalmente quando vemos que o tempo não vem sendo assim tão... camarada. 

E mais. Posso dizer ainda que a cada ano que passa, essa sensação fica mais evidente. O ano retrasado passou rápido. O passado, voou. Esse, nem vi passar. Nem esperem pelo ano que vem. Quando menos perceberem, já estarão na década seguinte. 

Mas por quê? O que vem acontecendo? Eu parei para pensar e, para o azar de vocês, cheguei a uma conclusão... (um minuto de silêncio para àqueles que, em sã consciência, estão fechando o navegador se retirando do blog...): Proporcionalidade. 

Tá, parece um palavrão. Aliás, é um “palavrão” – são 17 (!) letras. Mas tem muito a ver com relatividade. Nada de Einsten, não se preocupem. Apenas um pouquinho de lógica matemática implícita no contexto. 

Dá para traduzir? Acho que dá. Vejamos: 

Quando temos 7, 8, 10 anos de idade, qualquer um ano é uma eternidade. Também pudera. Quando se tem 10, um ano equivale à 10% de todo seu tempo de vida. Aqui que entra a proporcionalidade. Quando se tem 7, ele equivale à quase 15%. Quando se tem trinta anos, por outro lado, um aninho equivale apenas à 3,5%, aproximadamente. E quando se tem 70, um ano não chega a representar 1,5% do tempo de vida que já se viveu. 

Matemática é um saco, eu concordo. Mas não podia deixar de mencionar tais números, no parágrafo passado. A verdade é que, com o passar dos anos, o próprio ano fica proporcionalmente menor para as pessoas. E menos importante. 

Vejam o início de um namoro, por exemplo. No começo, comemoram-se semanas, meses. Um ano, dois. Casamento. Depois de um tempo, dez anos de casado. Bodas de prata. Bodas de ouro. Os “marcos” passam a ser comemorados de 25 em 25 anos. 

O que é um ano a mais, um ano a menos, para os “super centenários?” E para os tão badalados “vampiros”, que cruzaram a eternidade, diretamente dos contos medievais às três dimensões do cinema?

É, o tempo e suas fascinantes magias. Guardo uma eternidade dentro de cada lembrança. E uma lembrança dentro de cada lágrima, em cada sorriso. E nem todos os anos que me restam serão suficientes para expô-las.


PS.: Se você contou a quantidade de letras que a palavra "proporcionalidade" tem, bem vindo ao clube.

6 comentários:

  1. Concordo com vc...quanto mais velho nós ficamos, parece que "o tempo não anda, ele corre"!
    Senti essa diferença principalmente depois dos dezoito anos...hehehe! Depois dos "inte" e "enta", vinte, trinta, quarenta tudo passa num segundo!

    bjs!
    http://guerradosmundosleka.blogspot.com/

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  2. Adorei o post...pois, essa questão do tempo tbem me intriga..gostei da lógica da proporcionalidade ..ufa! Pensava com uma lógica parecida..soh não havia dado um título..assim..tão...tão...proporcional.
    abraços...
    visita o meu divã...

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  3. Depois de dito tudo isso. O que devemos fazer??
    VIVER A VIDA INTENSAMENTE como se fosse nossos ultimos segundos de viida.
    Deus abençoe!
    Beeijos

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  4. PARE PRA PENSAR SOBRE ISSO..e o pior di tudu ki é verdade ..pura verdade..quanto mas velhos fikamos ..mas os anos passam rapidos..seu POST fikou muito boum..Parabéns... '-'

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  5. Boa noite.

    Estou lhe seguindo.

    Um grande abraço.
    Maria Auxiliadora (Amapola)

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  6. Belo texto Tasso!

    Não tinha parado para refletir sobre, mas confesso que usarei esta palavra sempre: "proporcionalidade" ao envelhecer!

    Beijos

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