terça-feira, 30 de novembro de 2010

À sua imagem, minha semelhança


Não me interessa quem eu sou. Ainda insisto no velho erro de tentar me definir. Logo eu, falando sobre mim, que incoerência.

Eu sou aquele velho retrato, preto-e-branco, em alguma prateleira na casa da sua avó. Sou aquele antigo disco de vinil, esquecido na caixa de algum guarda-roupa. Ou apenas mais um blog, chato e maçante, em meio a tantos vídeos e músicas que rolam na internet.

Não perca seu tempo querendo me entender. Já basta o tempo que eu perdi. Eu não quero ser, quero apenas estar. Não tenho rótulos, sou uma garrafa vazia, me encho com o que você me dá.

Fique a vontade para me rotular, sou exatamente aquilo que você acha que eu sou. Olhe atentamente nos meus olhos. Olhe, julgue, rotule. E verá você. Porque eu, eu não sou ninguém. Eu sou apenas o seu espelho.

6 comentários:

  1. esse sim me descreveu sem me conhecer...rsrs
    o que vc é...
    mais um louco na rede...igual a milhares...(inclusive eu...rsrs)

    blogueiro que é blogueiro..não da a minima para rótulos....
    parabéns..sucesso

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  2. "Eu não quero ser, quero apenas estar."

    É por aí mesmo. Não sei se foi proposital, mas é puro zen.

    Acerca do teu comentário no meu blog, sobre redes sociais, é isso mesmo. O Facebook é bom (em vários aspectos melhor), mas pra troca de ideias ainda prefiro as comunidade de Orkut.

    E viva a dialética, sempre.

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  3. Tássio, porque perder tanto tempo nesse exercício ingrato de se conhecer. Um pouco já basta. Mudamos toda hora, não é? Tentar se conhecer deixa a gente maluco!

    Abraços,

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  4. Você é definitivamente a minha inspiração de agora em diante. Adoro seus textos, foi como uma paixão platônica por cada linha.
    Parabéns.

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  5. "Fique a vontade para me rotular, sou exatamente aquilo que você ACHA que eu sou"

    Eu já desisti de tentar ME entender, tem uma frase que uso muito e com a qual me identifico: "Um ser humano em completa mutação" e acho que é bem isso mesmo, acho que não só eu, mas todos, estão sempre mudando, se adaptando de alguma forma e por mais que a sua essência seja sempre a mesma, não é nada facil descobri-la por completo.

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  6. Somos todos espelhos um do outro, como disse Jean Paul Sartre na peça Entre Quatro Paredes: "O inferno são os outros"...
    Seguindo seu twitter também.
    Um abraço

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